segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Era

A tua distância enfraquece a minha respiração, alucina o meu sofrimento e apazigua qualquer tipo de incerteza.
Esta minha solidão tem os passos rápidos e cumpridos, ultrapassa qualquer perca de olhares, qualquer sorriso predominante criado entre nós e que fazíamos criar a quem para a nossa paz tinha ousadia de olhar.

O teu corpo regenera-se no meu enquanto eu mudo de cor.

Tu anjo…Fazes de Deus um segundo plano e voas acima do paraíso.
Enrouqueço a alma quando descubro que por nós nos deixaste e por ti não nos amaste.
Perco-me numa tão confusa história que é a minha, a nossa.
Tira-me da terra onde estou, rodeada de pessoas, gente, seres e humanos e leva-me para aí...

O meu único segredo é amar-te tanto, sem força para fazer uma junção entre aquilo que somos e aquilo que fomos com a injustiça daquilo que não seremos.
Não sei dos nossos corpos que, outrora juntos, manifestavam através de uma resistência inata uma necessidade constante de se tocarem.

Livre para analisar o mais profundo recanto da nossa intensidade que de inércia morreu e...
...não começou.

Mas não consigo

Junto o meu peito com o teu e descubro um destino que me afoga os olhos com lágrimas de prazer.
Sempre longe de mim,
fugindo de mim,
fugida de ti e desaparecido de nós.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O doce do teu som já não o oiço mais.
Foi-se com o salgado das tuas mãos.

Fecho-me naquilo que pode ser o mais próximo de ti,
Invado-me e agrido-te com esta insatisfação por não te ter,
A inércia move-se por não seres tu a mover-me.

Paro, e percebo-me parada e agita-se algo que nunca me faz aperceber-me,
Mas nunca,
Muito menos sem ti.

A compilação destes todos, os horrores que sinto, bloqueia o mais sábio que existe em mim…
ou existiu.

O mais verdadeiro que tenho torna-se numa coisa desprezível, como a própria sensação de mim própria: um ser sensível que outrora sentiu.


Ai. Arranco-me de mim sempre,
Sempre.

Dava a luz da minha melodia,
A neblina do meu som,
O escuro do mais claro que tenho.
Sim, dava.


Dava-te a ti…
A ti?
A ti.
A ti!
Só para te ter para mim.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sentido disto

Faz sentido tudo isto,
Fala o inconsciente de todos daqui.
Anda-se numa planície de camadas sem fim,
Desvirtuando todo o nosso princípio.

A esperança move todos aqueles que nem a questionam,
Ergue-se em nós como um factor implícito do que aqui se é.
E é tão bonito,
quando a falta de razão desse acto torna-o na dádiva do que é estar…
Aqui.

O tempo tem um horror muito próprio, seja em que tempo for.
Assim cria ele próprio razões, daquelas que é certo menosprezar.
Travo um abraço com o silêncio desse tempo e evito a dor.
E onde vai isto dar?

Dá-se o genuíno,
Com a camada mais enriquecida de tudo.
Dá-se algo que me fará retomar o caminho “ do não dar”,
Até que eu, escolho que dê.

Anos para trás

Uuuuuiiii Kkkkká medo ao ler o que escrevi...anos passaram!! UFFFAA