sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Na madrugada

Faz hoje um mês.
Sim um mês.
Trinta e um dias.


Há trinta e um dias o meu universo, durante quatro fulminantes horas, era outro...
Tudo me parece tão recente, tu pareces-me tão recente.
De recente só existe a intensidade daquilo que sinto, que por tão profundo, torna-se um sentimento digno da falta de tempo passado sobre ele.
Quando mais tempo passa mais a ansiedade cresce dentro de mim, e mais é alimentado o meu sentimento derrotista que me faz querer mais, fazendo cada vez menos.
Nunca gostei de reviver momentos, sempre defendi a autenticidade de cada um , mas a especialidade deste foi tão soberba que o revivo a cada segundo, a cada minuto, despertando sempre sentimentos em mim que desconhecia.
Defino-te como uma matéria abstracta que pela esperança ganha identidade física.
Contigo rebaixo-me de uma fora surpreendentemente assustadora, que me faz ter certeza daquilo que sou e daquilo que sinto.
És a incerteza mais brilhante que já tive.
Tu vives no inexplicável dentro de mim.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

just a little bit

I'll have a whole lot more to give than I did yesterday....

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

cena nossa

A cena foi nossa.
Pensava nele quando me chamaste, ali, diante daquela gente,
pensava nele quando me chamaste.
Não esperava que me chamasses, hesitei a ir ter contigo porque nunca te quis desiludir e porque não te podia desiludir ali, enquanto pensava nele.
Fui ter contigo...abraçámos nos, e lentamente bem lentamente começámos.
O teu coração encostado ao meu fez o coração dela ficar encostado ao dele.
Agora, tudo se tinha invertido,
Agora era meramente uma espectadora e mesmo se fizesse muita força já não me conseguiria ver a pensar nele.
É tão bom quando pela primeira vez sabes e tens consciência que tiveste lá mesmo não estando.
Nós tivemos lá.
Viu-o a agarrar nela com uma raiva que outrora não existira, as suas emoções estavam tão coordenadas como os seus deus corpos,
ali,
encostados,
encostados porque a cena foi nossa.
Obrigada,
por isto
pelo que vem,
e pelo simples facto de, inexplicavelmente e infelizmente, seres muito importante para mim.

cena nossa

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

E o telefone não toca...