sábado, 20 de outubro de 2007

A falha

Verteste lágrimas...
Autênticas ou não, não as deverias ter vertido.
Se fossem provenientes da tua mais profunda emoção, gostava que as tivesses controlado.
Se, por outro lado, as verteste
simplesmente,
então não as devias ter gasto comigo.
O meu corpo junto ao teu não resulta do meu amor por ti,
sempre sublinhei qual a mensagem na junção dos nossos corpos.
A falha não se encontra deste lado, não a procurei
é verdade, mas quando tudo é feito por impulso desmedido então não existem falhas, pois ambos os lados, pelo lado repetitivo destas acções, sabem que dele não restarão tais consequências.
Julguei te experiente nesta troca de corpos onde não existe lugar para elas...
O verde das tuas lágrimas é tão assustador como o simples facto que é para mim não as conseguir verter...
Acredita, nunca desejei tal coisa mas por favor não me impliques no teu desejo.
Ele que agora, substituído por palavras dava lugar a um enorme desconforto, e a uma devastadora necessidade de solidão.

Falhou te a falta de igualdade entre nós...
E a mim…
Falhou me verificar em ti o que me está implícito.

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